Com o aumento dos processos de desmatamentos e queimadas da caatinga, torna-se cada vez mais preocupante a situação climática da região nordeste, sobretudo, nas áreas mais afetadas pela seca.

O aumento desenfreado da devastação ambiental causam consequências sem precedentes. O aumento das temperaturas e a seca, são os primeiros sinais de resposta da natureza contra a intervenção indevida do homem no seu curso.

Esse desequilíbrio é sentido ao longo dos anos, o que pode levar a um estado de degradação que resultará não só na extrema seca e altas temperaturas, mas também impactando na produção de alimentos da agricultura familiar.

Os efeitos também passam a ser observados pela diminuição e extinção de espécies endêmicas, tanto da vegetação, quanto de animais que, aos poucos estão desaparecendo, deixando não só a ausência de suas belezas e exuberâncias, mas também um descontrole ambiental que leva ao aumento de espécies invasoras na fauna e flora, o aumento de animais indesejáveis, visto que cada animal possui sua tarefa na cadeia alimentar.

Esse desbalanceamento leva ao aumento de roedores, por exemplo, como os ratos que se espalham rapidamente na ausência de seus predadores, sendo o principal, as serpentes.

O aumento dos roedores, por sua vez, pode trazer prejuízo na produção sustentável de alimentos, nas propriedades rurais e urbanas, além do aumento de doenças transmitidas por diversas espécies em proliferação desenfreada.

O levantamento derivado do Sistema de Alertas de Desmatamento - SAD Caatinga, parte integrante do Mapbiomas Alerta, mostra que o desmatamento continua avançando sobre a caatinga. Em número de alertas, ou seja, de ações de desmatamento identificadas, houve um salto de 87% entre 2020 e 2021, passando de 5 para mais de 10 mil. (Brasil de Fato).

Segundo Washington, parte do desmatamento está ligada à instalação de parques eólicos e estruturas de geração de energia solar. “O desmatamento, tanto em 2021 e 2022, está relacionado à supressão da vegetação da caatinga para instalação de atividades agropecuárias, no oeste da Bahia, MATOPIBA, ao longo do Vale do São Francisco e também área no interior de Pernambuco, do Piauí e do Ceará. (Brasil de Fato).

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