Martinópole foi a primeira cidade a ter o resultado apurado pelo TSE (Foto: )
Eleitores de três municípios cearenses voltaram às urnas neste domingo (1°) para escolher novos prefeitos, após os candidatos eleitos em 2020 terem os registros impugnados ou resultado do pleito indeferido em função de problemas com a Justiça Eleitoral. A eleição foi marcada por um clima de forte disputa e acirramento.
O primeiro município a divulgar o resultado foi Martinópole, onde o candidato Betão do James Bel (PDT) venceu a disputa com 98 votos de diferença. A cidade foi a primeira a ter 100% das urnas apuradas, conforme as estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os desdobramentos em Martinópole que culminaram com a chegada de Betão à prefeitura é no mínimo curioso: Betão foi eleito vereador em 2020 e o escolhido ao cargo de presidente da Câmara no dia 1° de janeiro deste ano. Ele apoiou o ex-prefeito James do Bel, que teve problemas com a justiça e chegou a ser afastado do cargo. Com isso, Betão assumiu interinamente a prefeitura. James resolveu se candidatar novamente nas eleições suplementares, mas desistiu do cargo uma semana antes e apoiou Betão, que venceu a disputa.
Em pedra Branca, no Sertão Central, o filho do ex-prefeito Antônio Góis, Matheus Góis, venceu a disputa com 54% dos votos apurados, derrotando um padre que estava candidato pelo partido de oposição. Matheus foi anunciado pelo Pai, após ele ter novamente problemas para se candidatar.
Antônio renunciou ao cargo em 2019 alegando perseguições, e chegou a entregar uma carta à Câmara de Vereadores. Ele agiu assim para não ter o registro cassado pelos vereadores da casa, mas em 2020 se candidatou novamente, mas o TSE barrou a candidatura de Góis, que lançou o nome do filho.
Já em Missão Velha Dr. Lorim venceu as eleições derrotando a candidata Fatinha, pelo PT. O clima na cidade foi de forta cirramento durante a campanha. Fatinha chegou a ter um vídeo gravado pelo ex-presidente Lula pedindo apoio à ela, enquanto Lorim recebeu apoio em vídeo do presidenciável Ciro Gomes.
Revista Central