Humorista atuava no programa humorístico desde a primeira geração da atração (Foto: Natinho Rodrigues/SVM)
O humorista Djacir Oliveira, ícone do programa "Nas Garras da Patrulha", faleceu aos 81 anos na noite desta quarta-feira (8) por insuficiência respiratória aguda, consequência da Covid-19. Ele estava internado no Hospital Gênesis, em Fortaleza.
Djacir estava no Sistema Verdes Mares desde 1989. Era inspiração às novas gerações do programa, que, neste ano, completou 20 anos no ar no Sistema Verdes Mares. "Nós temos ele como uma referência", avaliou Cléber Fernandes sobre o profissional, o único que remanescia desde a primeira geração do programa.
A ex-cunhada e amiga do humorista, Lourdes Leite, lamentou a perda. "Ele era um amigo maravilhoso. É muito difícil perder um amigo como ele, que é uma raridade", disse.
"Ele foi um grande amigo para mim e meus filhos, sobrinhos dele. Todos o amavam muito pelo grande tio que ele foi", completou.
Sistema Verdes Mares lamenta a perda de Djacir
Em nota, o Sistema Verdes Mares (SVM) lembrou que Antônio Djacir estava há mais de 32 anos na empresa, desempenhando suas atividades com comprometimento nos veículos de comunicação do SVM.
"Seu trabalho e empenho serão sempre lembrados por seus colegas e líderes, a quem prestamos nossas condolências", diz nota. "À família do Antônio Djacir, nossos sentimentos. Que possamos, com o passar dos dias, ressignificar a dor, transformando-a em boas lembranças", completou.
O SVM destacou que "estamos todos juntos nesse momento, e é também juntos que vamos superar essa grande perda e zelar pela memória de Antônio Djacir, que torna ainda mais singular o sentido das nossas vidas".
"Nas Garras da Patrulha"
Existente desde 1987, o programa trouxe, além de Djacir Oliveira, profissionais como Paulo Lélis, Tom Cavalcante, Marcos Belmino, Will Ferrari, Wilson Aguiar, Glice Sales e muitos outros, que, juntos, realizaram a façanha de levar a atração a um reconhecimento nacional.
O humorístico tem, ao longo de sua jornada, extensa lista de personagens, com pelo menos 170 distintos. Entre eles, há Tabosa, Tizil, Danduska, Elenilson Júnior, Fresquin, Froxilda Fofolete e Sinira Beiçuda, esta interpretada por Djacir.
Em monografia do curso de Jornalismo da Faculdade Cearense (FAC), o jornalista Antonio Rhodinelles destacou a identificação popular promovida pela atração, que fornece ao público "imagens de personalidades do imaginário local".
"Sua linguagem se apresenta de forma a criar essa identificação com seu público, que possuem esse jeito cearense de falar, tão diferente, e motivo de orgulho de muitos cearenses que adotaram, gírias, expressões e palavras", considera o autor do estudo.