Desembarcaram no aeroporto de Fortaleza, na noite dessa quinta-feira (14), mais 20 respiradores que serão destinados a implantação de leitos de UTI pelo Estado e Prefeitura de Fortaleza. Os equipamentos fazem parte da carga de 94 aparelhos adquiridos pelas gestões estadual e municipal, com recursos próprios, mas que haviam sido retidos pela União em São Paulo. Ao todo, 58 desses respiradores retidos já chegaram ao Ceará.
“Serão mais 20 UTIs para salvar vidas dos irmãos e irmãs cearenses”, disse o governador Camilo Santana em postagem nas redes sociais. Dos que chegaram ontem, 11 já seguiram para o Hospital Leonardo da Vinci e os outros nove reforçarão as unidades do município. Além desses respiradores, o Estado adquiriu no exterior mais 700 respiradores e aguarda a carga com os primeiros 200 para os próximos dias.
Muitos dos pacientes infectados com o novo coronavírus (Covid-19) precisam de atendimento hospitalar. Os mais graves necessitam de cuidados intensivos, que incluem internação em UTIs. Em cerca de 45 dias, o Governo do Ceará criou mais de dois mil leitos em Fortaleza e no interior do estado para atendimento de casos de Covid-19, sendo quase 500 de UTI. Antes da pandemia, o Ceará contava com 730 leitos de UTI pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Apesar do investimento feito pelo Governo do Ceará para a descentralização da rede de saúde pública, com hospitais regionais em Juazeiro do Norte, Sobral e Quixeramobim, assim como aconteceu em todos os países afetados pela pandemia foi necessária a ampliação de unidades com capacidade de receber pacientes com o coronavírus. Os hospitais regionais receberam incremento de leitos e quatro hospitais em Fortaleza passaram a contar com anexos: Hospital de Messejana, Hospital Geral de Fortaleza, César Cals e São José. Outros dois estão em construção nos municípios de Maracanaú e Caucaia. Nos próximos dias eles serão responsáveis pela oferta de mais 80 leitos na rede pública estadual de saúde.
Além da criação desses hospitais de campanha, o Governo do Ceará requisitou dois hospitais particulares que estavam fechados em Fortaleza para atender exclusivamente pessoas infectadas com o novo coronavírus, o Leonardo da Vinci com 230 leitos e o Batista com 131.
Liminar
De acordo com a Intermed, empresa responsável pela comercialização dos respiradores, as máquinas teriam sido retidas em São Paulo pelo Ministério da Saúde. Foi necessário que o Ministério Público do Ceará (MPCE) e o Ministério Público Federal (MPF) ingressassem com a ação civil pública que resultou na concessão da liminar, garantindo a entrega dos 94 respiradores. Todos os contratos estavam regulares, com valores de pagamentos já empenhados.
(*)com informação do Governo do Estado do Ceará