(Foto: A pesquisa foi feita pela Open Knowledge Brasil (OKBR) (Foto: reprodução))
Um levantamento da Open Knowledge Brasil (OKBR) avaliou que o Ceará é o segundo estado no Brasil com melhor qualidade de dados sobre a situação epidemiológica da pandemia de Covid-19. No entanto, o nível "bom" cearense ainda não é ideal. Pernambuco está em primeiro lugar, o único no País a dar informações de nível "alto".
Para analisar a qualidade dos dados fornecidos pelos estados, o estudo considerou três dimensões: conteúdo, granularidade e formato. Disponibilidade de informações como idade, sexo e hospitalização dos pacientes confirmados, além de dados sobre a infraestrutura de saúde, como ocupação de leitos, testes disponíveis e aplicados configuravam pontos positivos.
Ainda, a pesquisa avaliou se os casos eram apresentados de forma individual e anônima, além do grau de detalhe sobre a localização (por município ou bairro, por exemplo). Outro fator positivo levado em consideração foi a publicação de painéis analíticos, planilhas em formato editável e séries históricas dos casos registrados pelos estados.
Por outro lado, 90% dos estados avaliados ainda não publicam dados suficientes para acompanhar a disseminação da pandemia de Covid-19 pelo país, incluindo o próprio Governo Federal.
São Paulo, por exemplo, está em 10º lugar no ranking, com nível "baixo" de informações. Segundo os dados mais atualizados do Ministério da Saúde (MS), o estado é o que mais acumula casos confirmados (3.506) e tem taxa de mortalidade de 5,4%.
O relatório alerta que nenhum estado apresenta quantos leitos, principalmente de UTIs, estão ocupados em relação ao total disponível. Da mesma maneira, apenas um dos 28 entes avaliados dá informações sobre testes disponíveis. A avaliação foi feita a partir de informações disponíveis na manhã dessa quinta-feira, 2 de abril.
“É preciso reconhecer os esforços desses gestores, pois esses dados são fundamentais para que pesquisadores e jornalistas possam ajudar os governos a monitorar a crise e mesmo contribuir com soluções", afirma, no relatório, Fernanda Campagnucci, diretora-executiva da OKBR.
Com informações da Agência Bori