CEARÁ Publicada em 19/02/20 às 12:20h - 188 visualizações
Bate Papo: com boatos de greve da PM, população se sente insegura A situação e seus desdobramentos foram um dos assuntos do Bate Papo Político entre os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida nesta quarta-feira (19), no Jornal Alerta Geral.
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(Foto: cearaagora)
A insatisfação de policiais militares diante da mensagem com a reestruturação de salários encaminhada pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa permanece e a tensão entre a categoria e o governo aumenta.
A situação e seus desdobramentos foram um dos assuntos do Bate Papo Político entre os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida nesta quarta-feira (19), no Jornal Alerta Geral.
Nessa terça-feira (18) moradores da capital e de cidades no interior do estado receberam mensagens e boatos sobre ações criminosas, invasão de residências, arrastões e assassinatos em meio a protestos de esposas e militares que cobraram mudanças na proposta salarial do governo do estado.
Em meio às reivindicações apresentadas pelos policiais e o clima de insatisfação e descontentamento que se ressalta no discurso dos militares, Luzenor pontua que a população fica em um clima de preocupação, mesmo com a tentativa do Governo do Estado em transmitir uma imagem de tranquilidade diante da situação. O jornalista ainda destaca que “está em jogo o interesse maior, que é a segurança da população”.
Simultâneo aos boatos sobre crimes e violência, as imagens de viaturas da polícia paradas ganharam a Internet e fizeram o governo, por meio da assessoria de comunicação, anunciar sanção, com abertura de inquérito administrativo e exclusão da folha salarial, dos militares envolvidos com a greve.
Luzenor salienta que a mensagem do governo do estado com o reajuste salarial encaminhada a apreciação dos deputados estaduais, após um acordo com as lideranças que representam os policiais militares, volta a ser discutida e está em tramitação na Assembleia Legislativa.
Para Beto, a evolução da análise da matéria vai depender da capacidade de negociação de ambos os lados do embate. O jornalista acredita que seja possível que surja um entendimento ente os militares e o governo.
“É lamentável ver a mudança de postura de lideranças que vinham, inclusive, se capitalizando, que vinha negociando, que vinham tratando dessa questão da reestruturação da carreira policial”, afirma Beto.
Mesmo que o governo seda para atender a determinadas reivindicações, Luzenor frisa que se deve trabalhar com uma certeza:
“O governo do Estado não tem condições, em qualquer situação, de atender a todas as reivindicações, a todos os pedidos de recuperação de salários que correspondente aos últimos 6 anos. O que pode acontecer é um meio termo, onde a corporação esteja satisfeita, trabalhe sem descontentamento e a população se sinta segura diante do papel que precisa ser exercido por cada um dos nossos policiais militares”.
O que causa espanto em Beto Almeida é a tentativa de interrupção do diálogo entre as partes envolvidas na discussão e a instauração de uma paralisação, que como destaca, é ilegal. O jornalista ainda enfatiza que, por integrarem os órgãos de segurança do estado não há a possibilidade dos policiais realizarem uma greve, o que coloca em risco a segurança da população.
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