(Foto: cearaagora)
O presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, José Sarto (PDT), destacou, nesta terça-feira (18), o papel que o Legislativo cumpre na interlocução entre o Governo do Estado e os policiais para definição da reestruturação salarial dos policiais militares. A mensagem enviada pelo Executivo com os percentuais sobre atuação de salários começou a tramitar na Assembleia.
De acordo com José Sarto, foi formado uma comissão na Assembleia, de forma plural, com deputados estaduais de vários partidos e recebemos representantes do Governo do Estado, das associações dos policiais e pactuamos o acordo, com o governador cedendo nas negociações e, de forma estranha, algum tempo depois, houve uma reação porque a tropa não aceitou.
Em pronunciamento durante sessão plenária, o presidente da Casa lembrou que o governador Camilo Santana prontamente atendeu ao pedido do líder do Governo, deputado Júlio César (Cidadania), reunindo-se, no último dia 10, com vários parlamentares, associações representativas das categorias e secretários de Estado.
Sarto reforçou ainda que o Governo apresentou nova proposta, elaborada com a participação de representantes da categoria, ampliando o valor inicial destinado à reestruturação salarial. Porém, em seguida, todos foram surpreendidos pela informação de que a tropa não aceitou o acordo.
Eu não entendi o recuo da categoria quanto à proposta que, naquele momento, foi acordada em consonância por todos os presentes, inclusive pelos representantes da categoria. No momento seguinte, aqueles representantes já não representam mais. Onde vamos chegar assim? Imagine se fosse o governador a voltar atrás em relação ao acordo, questionou.
Sarto afirmou ainda que a Assembleia fez e continua fazendo essa interlocução.
A casa tem procurado intermediar e fazer a interlocução. Evidentemente uma negociação é bilateral, não pode ser uma imposição nem de um lado, nem de outro.