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O Secretário de Cidades do Estado, deputado estadual licenciado Zezinho Albuquerque (PDT), e o presidente regional do PSD, Domingos Filho, travam uma guerra aberta e escancarada nos bastidores políticos. O conflito, que nasceu nas disputas internas da Assembleia Legislativa, está nos bastidores e, com intensidade, nas redes sociais e entre integrantes da base de apoio ao Governo do Estado.
O último capítulo do conflito foi exposto com o pronunciamento do deputado estadual Audic Mota (PSB), escalado por Zezinho para dar um duro recado ao ex-vice-governador e conselheiro em disponibilidade do extinto TCM. Domingos é acusado de invadir o terreiro alheio para articular o crescimento do PSD. Os dois se envolveram na eleição suplementar a prefeito de Tianguá e Domingos impôs uma amarga derrota a Zezinho.
A relação entre Domingos e Zezinho é azeda. Quando assumiu a Presidência da Assembleia Legislativa, Zezinho contrariou interesses de Domingos Filho no rateio de cargos na estrutura do Poder Legislativo. Domingos, como vice-governador, não perdia oportunidade para alfinetar – com atos e gestos, o desafeto político.
Os desdobramentos da guerra entre ambos estavam (e continuam) no cotidiano político e foram expostos, com mais veemência, em 2017, quando Zezinho Albuquerque sentiu de perto a ameaça de perder a Presidência da Mesa Diretora para o colega Sérgio Aguiar, que, à revelia da cúpula do PDT e do Governador Camilo Santana, se lançou à disputa em uma ampla articulação do então presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Domingos Filho. Zezinho, com muita dificuldade, ganhou a eleição contra Sérgio.
O gesto de Domingos Filho, ao lançar um candidato para provocar a cisão no grupo político comandado pelos irmãos Cid e Ciro Gomes, o levou ao rompimento com os governistas e provocou, pelas mãos do presidente reeleito Zezinho Albuquerque, a extinção do TCM.
A medida, efetivado por meio da aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição do Estado, colocou conselheiros em disponibilidade e barrou, naquele momento, o projeto de Domingos Filho que buscava projeção para concorrer ao Governo do Estado. Domingos, ao exercer a presidência do Tribunal, criou uma agenda com reuniões na Grande Fortaleza e no Interior, gerando desconfiança aos aliados que o transformaram em conselheiro. A desconfiança deu, também, gás para a extinção do TCM.
TIANGUÁ
A briga, em menor proporção, contribuiu, também, para um novo capítulo na guerra entre Domingos Filho e Zezinho Albuquerque. Domingos apoiou o ex-prefeito e perfeito eleito Luis Menezes e impôs a derrota a Zezinho Albuquerque, aliado da candidata derrotada Valdeída Azevedo (PDT), esposa do ex-prefeito Jean Azevedo.
Com o resultado oficial da eleição suplementar em Tianguá, Domingos mandou um recado direto ao Secretário de Cidades do Estado ao dizer que esperava que os adversários deixassem o prefeito trabalhar em benefício da população. “Espero que com a segunda vitória dos candidatos do partido, os adversários se convençam da necessidade de deixar os eleitos trabalharem pelo desenvolvimento e crescimento dos municípios”, observou o líder do PSD.
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