Entre os dois imunizantes que podem desencadear a reação, apenas a vacina da Pfizer está na campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Na análise da pesquisa, o médico radiologista da Medimagem, Gustavo Saraíva, destacou que os estudos identificaram que a vacina da Moderna desencadeou linfonodomegalia em 12% das mulheres que tomaram o imunizante.
De acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) Regional Ceará, Aline Carvalho, esse aumento dos linfonodos axilares se deve a uma reação vacinal que pode ocorrer com algumas vacinas, não sendo exclusiva com a vacina da Covid -19. “A reação acontece como uma resposta imunológica do nosso corpo para a produção de anticorpos. Qualquer reação vacinal regride espontaneamente em alguns dias e não causa prejuízo ao paciente”, explica.
A especialista ressalta que os linfonodos são comuns no corpo humano, pois são responsáveis pela defesa do organismo. O radiologista Gustavo Saraíva orienta às mulheres que foram imunizadas com doses da Pfizer a realização dos exames de mamografia após um mês de vacinadas, pois antes desse período pode ocorrer linfonodo axilar comprometido com o aumento do volume. O médico também destaca que é comum essa reação e que se caracteriza como um mecanismo de defesa do organismo em relação à vacina.
Gânglios aumentados não são sinal de câncer de mama
Ao perceber um caroço próximo à região da mama, é normal que as mulheres fiquem preocupadas. Aline Carvalho explica que os gânglios axilares aumentados não significam obrigatoriamente que a paciente está com câncer. “Há casos benignos ou reacionais que provocam aumento desses linfonodos. Porém, há algumas características do linfonodo aumentado que o tornam suspeito e merecem investigação", informa.
A presidente da SBM orienta que, nos casos dos gânglios aumentados nas axilas, a mulher deve procurar um médico quando não há regressão do caroço, ou se ao realizar seus exames forem verificados critérios que possam aumentar o risco de ser algo maligno. “O aumento do linfonodos que regridem espontaneamente, como nos casos associados à vacinação recente, não são preocupantes”, ressalta a especialista. Aline reforça que não se deve atrasar a vacina contra a Covid-19 e nem se deve atrasar a mamografia.