(Foto: : EVARISTO SA / AFP)
A fatia que considera o governo de Jair Bolsonaro (PSL) ruim ou péssimo cresceu em todos os seguimentos de renda, idade, escolaridade, região e cor. Entretanto, são os mais pobres e as pessoas de 35 a 59 anos que puxaram a alta na reprovação. É o que aponta pesquisa do Datafolha feita entre 29 e 30 de agosto e divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.
Na faixa de quem tem renda familiar mensal de até dois salários mínimos, a reprovação passou de 34% em abril para 43% em agosto. Essa fatia da população representa 44% dos brasileiros com 16 anos ou mais.
A reprovação a Bolsonaro também teve alta expressiva entre aqueles com idade entre 35 e 44 anos e entre 45 e 59 anos na comparação dos dados de abril e agosto. Somadas, as faixas representam 44% da população do País.
Regionalmente, o Nordeste segue como a região que mais reprova o governo pesselista (52%), enquanto o Sudeste se mantém como reduto favorável a Bolsonaro por ter perdido menos no quesito ótimo/bom e avançado menos nas opiniões ruim/péssimo.
Aumento da reprovação
Pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 2, mostra os seguintes percentuais de avaliação do governo de Bolsonaro:
- Ótimo/bom: 29%
- Regular: 30%
- Ruim/péssimo: 38%
- Não sabe/não respondeu: 2%
A pesquisa foi realizada com 2.878 pessoas com mais de 16 anos, em 175 cidades brasileiras. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança da pesquisa é de 95%.
Em julho e em abril, quando foram realizadas as pesquisas anteriores do Datafolha, os índices foram:
- Ótimo/bom: 33%, em julho; 32%, em abril
- Regular: 31%, em julho; 33%, em abril
- Ruim/péssimo: 33%, em julho; 30%, em abril
- Não sabe/não respondeu: 2%, em julho; 4%, em abril
Em relação à expectativa com o futuro do governo, 45% esperam que Bolsonaro faça uma gestão ótima ou boa. Em julho, eram 51%, e em abril, 59%. Outros 32% acreditam que o presidente fará uma administração ruim ou péssima, contra 24% em julho, e 23% em abril.
A reprovação também foi expressa pelos 62% que afirmam que o atual governo fez pelo País menos do que esperava (eram 61% em julho e 61% em abril). Perguntados se o presidente age ou não como deveria, 32% dos entrevistados afirmaram que Bolsonaro em nenhuma ocasião age como deveria (eram 25% em julho e 23% em abril). Em contrapartida, 15% acreditam que o pesselista age como presidente deveria (eram 22% em julho e 27% em abril).
Se o 2º turno fosse hoje
O Datafolha também perguntou em quem os entrevistados votariam, se o segundo turno para presidente da República fosse hoje. O resultado foi o seguinte:
- 42% votariam em Fernando Haddad (PT)
- 36% votariam em Jair Bolsonaro (PSL)
- 18% votariam em branco ou nulo
- 4% não souberam responder