(Foto: Fabio Lima)
O ex-ministro Ciro Gomes, que foi candidato a presidente da República pelo PDT, defendeu, nesta terça-feira, a demissão do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a quem chamou de “canalha, corrupto e irresponsável”. Ele reconhece que a época na região da Amazônia é de queimadas, mas observa que, no atual governo, houve aumento de 82% de casos, resultado “da irresponsabilidade da gestão e de um ministro corrupto e condenado por improbidade administrativa em primeira instância – e eu o conheço muito bem. Só um governo como o de Bolsonaro para permitir esse corrupto”, reforçou o ex-ministro.
“Se a gente quiser resolver o problema, porque continua pegando fogo a Amazônia, é o presidente calar a boca, ir pro território, acionar as estruturas e demitir esse ministro. Esses são sinais importantes que o Brasil precisa dar ao mundo para se dar ao respeito e impor respeito perante a comunidade internacional”, acentuou ele.
Ciro considerou a oferta de 20 milhões de euros, vinda de países da Comunidade Europeia para o Brasil enfrentar a crise na Amazônia, um “tostão”, que chegaria como forma de querer humilhar o País. Ele aprovou a decisão de rejeitar e disse que o governo precisa pedir o apoio de aeronaves de Portugal e outros países que são eficazes no enfrentamento de queimadas.
Ele disse conhecer bem o problema das queimadas “até porque fui ministro da Integração Nacional ao lado de Marina Silva, do Meio Ambiente (Era Lula). Voltou a repetir a tese de que o fenômeno sempre ocorre nessa época do ano, mas agravado agora pela “irresponsabilidade do governo e de um ministro denunciado por enriquecimento ilícito”.
Sobre a proposta da reforma da Previdência, em tramitação agora no Senado depois de aprovada pela Câmara, disse não ter ilusões de que a matéria não será aprovada. O PDT trabalha contra, mas para o ex-ministro essa matéria virou “favas contadas”. Ciro seguiu nesta madrugada de terça-feira para palestra em São Paulo.
(Foto – Fabio Lima)
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