(Foto: Rádio Fm Opção)
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga os motivos que teriam causado um tiroteio que deixou três pessoas mortas em Fortaleza há duas semanas. Uma mulher, um homem adulto e um adolescente morreram depois de terem sido baleados durante um tiroteio que se sucedeu a uma suposta tentativa de assalto em um ponto de venda de churrasquinhos.
O crime aconteceu por volta de 23 horas do último dia 5, no cruzamento das ruas Major Pedro Sampaio e Professor João Bosco, no bairro Rodolfo Teófilo, na zona Central de Fortaleza. Naquela noite, várias pessoas estavam no local quando um veículo surgiu na esquina e um jovem (adolescente) desembarcou com uma pistola na mão, anunciando um assalto.
De acordo com o levantamento feito pela Polícia no local, no momento em que o criminoso rendia as pessoas nas mesas, um policial militar à paisana reagiu e trocou tiros com o bandido.
Pelo menos, quatro pessoas foram baleadas, entre elas, a jovem Mariana Saraiva Garcia, 21 anos. Ela teria sofrido três tiros e morreu na Emergência do Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro). Nos dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) consta que a morte da garota decorreu de um latrocínio (roubo seguido de morte).
Morreram no IJF
Também morreram no dia seguinte no mesmo hospital, um comerciário identificado apenas por Gleydson, que era gerente de uma loja no Centro de Fortaleza e foi enterrado em sua terra natal, a cidade de Acaraú (a 233Km de Fortaleza), e o adolescente que teria anunciado o assalto. Ele foi linchado pelos populares e deu entrada já praticamente morto no “Frotão”.
O segundo bandido que dirigia o carro acabou preso.
Testemunhas do caso, no entanto, divergem da versão oficial da SSPDS de que houve um assalto no local. Afirmam que, na verdade, o alvo dos criminosos era mesmo a jovem Mariana, que acabou sendo atingida com vários tiros à queima-roupa. Há suspeitas de que os bandidos já estavam à sua procura e que o crime teria sido motivado por uma rivalidade de facções criminosas que atua no bairro Genibaú (zona Oeste da Capital), onde Mariana morava e foi expulsa, fugindo dali após receber ameaças.
Sem nomes
Outro fato estranho neste episódio é que os nomes do homem e do adolescente mortos não constam na lista das vítimas de Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs), divulgado no site da SSPDS, apenas o de Mariana Saraiva Garcia.