(Foto: Rádio Fm Opção)
O mês de maio de 2019 foi o “mais chuvoso” desde o ano de 2014, conforme dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Apesar de ter ficado abaixo da normal climatológica, que é de 90,6 milímetros, o acumulado médio foi de 79,6 milímetros, ficando com um desvio negativo de 12,1%.
Neste período, as precipitações foram proporcionadas tanto pela atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), como por sistemas meteorológicos como Cavados de Altos de Níveis (CANs).
“A ZCIT, principal sistema indutor de chuvas, atuou com mais força na primeira quinzena, depois, começou a variar, pois afastou-se da costa norte do Ceará em determinados momentos, dando espaço para Cavados e, já no fim, observamos a presença de Ondas de Leste, que contribuíram para precipitações nas áreas mais próximas do litoral”, comenta o meteorologista da Funceme, Raul Fritz.
Conforme previsto nos prognósticos divulgados pela Funceme em janeiro e fevereiro, as precipitações em maio seriam mais reduzidas. Neste último mês, as macrorregiões que tiveram maiores desvios positivos foram Ibiapaba (40% acima da média), Litoral do Pecém (34,2%) e o Litoral de Fortaleza (18,9%).
Ainda em maio, os municípios que tiveram os maiores desvios foram Ipaporanga (509,4%), Paraipaba (104,1%) e Nova Russas (82,2%).
Cenário hídrico ainda preocupante
Apesar do número positivo, o Ceará apresenta, neste momento, 72 dos 155 açudes monitorados pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh) com volume abaixo dos 30%.
Maio marca o fim da quadra chuvosa do estado. Os meses de junho e julho, considerados Pós-Estação, possuem médias históricas baixas, sendo 37,5 e 15,4 mm, respectivamente.
Fonte: Funceme